A Garotinha que não deu a mão ao presidente - entrevisat do Estadão

O Jotabe Medeiros é um fofo! Escreveu mesmo com alguns errinhos uma matéria tão carinhosa.
Ele e a esposa dele Nana Tucci se tornaram muito queridos pela minha família e acredito que pela a do Guinaldo também. ele ainda mencionou a avozinha mais linda da praça de maio: Delia Morel.  Segue a matéria na íntegra:


O que a menina disse ao general

Depois de 32 anos, aparece a mulher que virou símbolo libertário por recusar mão a Figueiredo

Quinta, 15 de Junho de 2011, 00h00
Jotabê Medeiros
Em 1979, em plena ditadura militar, o general João Baptista de Oliveira Figueiredo tentou cumprimentar uma escolar durante as tradicionais paradas cívico-militares da época, no Palácio da Liberdade. A menina recusou-se a dar-lhe a mão, ato que raros cidadãos brasileiros ousariam fazer na época.

Figueiredo era um general linha-dura, do tipo que não tinha problema em dizer que preferia cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Aquele momento de aparente transgressão foi testemunhado, e registrado, pelo fotógrafo carioca Guinaldo Nicolaevsky, e a cena - embora recusada por jornais brasileiros - correu o mundo via agências internacionais. Para quem resistia à ditadura, tornou-se um símbolo da vontade, do livre-arbítrio - Nicolaevsky, sabiamente, assinalaria que aquele era apenas o ato de uma "criança inocente".

Nunca se soube quem era aquela menina. O fotógrafo, que correu para transmitir suas fotos, tentou localizá-la depois entre as turmas de escolares que tinham sido selecionadas para a visita ao palácio. Não conseguiu (hoje sabe-se por que: ela não era aluna de nenhuma daquelas turmas). Em 2008, o Estado publicou iniciativa de fotógrafos amigos de Nicolaevsky (que estava muito doente; morreria pouco depois), que deflagraram a campanha Quem é Essa Garota?, tentando localizá-la, sem sucesso.

Agora, passados 32 anos daquele momento, aquela menina resolveu aparecer. Trata-se da mineira Rachel Clemens, hoje com 36 anos, formada em Comércio Exterior e atualmente designer contratada pelo Studio Touch, de Belo Horizonte. Ela conta que nunca apareceu porque não sentia necessidade, e também porque sua família sempre foi muito discreta, nunca gostou de "aparecer". Mas, na semana passada, Rachel postou a foto famosa no Facebook, assumindo sua identidade. Foi parar em telejornais e a imprensa começou a ligar avidamente para a casa dela.

Rachel diz que foi se dando conta gradativamente da grande carga simbólica do seu ato inocente, e do que aquilo passou a representar para centenas de familiares de presos políticos e pessoas que lutaram contra o arbítrio. "Lógico que tenho orgulho. Tem que ter. Recebi mensagens de adultos que eram crianças na época, que tiveram pais presos que nunca mais veriam, gente que perdeu a infância. Escutar deles que queriam ter sido eu, como não ter orgulho de uma coisa dessas?", disse ela, falando ao Estado por telefone na noite de segunda-feira.

Rachel conta que, em 2008, tentou conseguir uma cópia da foto quando o Estado noticiou a campanha para localizá-la, mas achou o preço alto. Então, desistiu. A mineira contou tudo. Tinha ido a Brasília com os pais e um tio militar que integrava o Serviço Nacional de Informações (o temido SNI, a agência de investigações estatais do governo militar). Tinha entre 4 e 5 anos e o tio a chamava de "a criança mais sensata do Brasil", e ficou aturdido quando ela demonstrou que, mais que sensata, também tinha iniciativa e personalidade.

"Não sei se a gente teria sido tratada da mesma forma se ele não fosse do SNI, não tenho essa certeza", considera. Mas não houve a menor fantasia de ativismo político em sua atitude. Ela foi até Figueiredo para tentar provar aos amiguinhos de escola, que duvidavam dela, que o pai iria jantar com o presidente (conversa que ouviu na mesa entre pai e mãe na noite anterior).

Marrentinha, durante a parada ela desgrudou dos pais e foi até onde estava o general. Na cabeça de Rachel, era o presidente que teria a honra de almoçar com seu velho, engenheiro do antigo Departamento de Estadas de Rodagem, que morreu em 1980 e nunca teve qualquer militância. Depois de passar "por muitas pernas", chegou perto do "gigante" e puxou as calças dele, mas Figueiredo não lhe deu ouvidos. Quando a viu, seus assessores queriam fazer com que apertasse a mão dele na marra, e o que ela queria era apenas dar um recado. Recusou-se então a dar a mão, não era essa a sua "missão". No fim de semana, Rachel reproduziu o seguinte diálogo dela com Figueiredo, em seu blog:

- Você sabia que meu pai vai almoçar com você hoje?

- E ele come muito?

- Come.

- Então não vai sobrar nada para mim.

- Não vai mesmo. Agora tenho que ir pro Cirandinha (nome do jardim de infância em que ela estudava).

Foi e nunca mais se ouviu falar dela. Daquele momento até hoje, Rachel foi longe. Estudou nos Estados Unidos (no Oregon e na Flórida) e na Espanha, trabalhou na Embraer, estudou no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e teve uma filha, Clara, hoje com 13 anos. Demorou a assumir o seu pequeno papel na História, mas o balanço final é bom. É reconhecida nas ruas, as amigas da filha a cumprimentam, recebe cartas e novos amigos no Facebook. "Teve até um moço que escreveu dizendo que isso deveria virar roteiro de um filme."

Mas também tem os malucos. "Tem gente me apontando na rua. Teve até quem me perguntou se vou querer participar do BBB. Outro, se quero uma vaga na novela. Eu nem respondo. É meio estranho, porque a minha vida sempre foi tranquila, mas eu entendo. Não sou mais uma pessoa particular, tornei-me algum tipo de personalidade pública", ela diz.

"Foi por respeito ao Guinaldo, à família dele, aos amigos dele que fizeram a campanha, aos militantes da época e hoje os adultos que eram crianças na época e me enviaram mensagens carinhosas que decidi falar", contou.

QUEM FOI

GUINALDO NICOLAEVSKY
FOTÓGRAFO

O autor da foto mais emblemática da ditadura era carioca de Vila Isabel, filho de imigrantes russos. Começou a carreira aos 15 anos no jornal Imprensa Popular, do PCB. Trabalhou para o "Estado", Manchete e O Globo, entre outros. Morreu em 2008, de câncer, aos 69 anos.

Como ela é hoje
Rachel Clemens vive em Belo Horizonte e tem 36 anos. Adora exposições, cinemas e cafés e conta que chorou quando uma das avós da Praça de Maio a escolheu para marchar de braços dados.
O link: O que a menina disse ao general Depois de 32 anos, aparece a mulher que virou símbolo libertário por recusar mão a Figueiredo Quinta, 15 de Junho de 2011, 00h00 Jotabê Medeiros Em 1979, em plena ditadura militar, o general João Baptista de Oliveira Figueiredo tentou cumprimentar uma escolar durante as tradicionais paradas cívico-militares da época, no Palácio da Liberdade. A menina recusou-se a dar-lhe a mão, ato que raros cidadãos brasileiros ousariam fazer na época. Figueiredo era um general linha-dura, do tipo que não tinha problema em dizer que preferia cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Aquele momento de aparente transgressão foi testemunhado, e registrado, pelo fotógrafo carioca Guinaldo Nicolaevsky, e a cena - embora recusada por jornais brasileiros - correu o mundo via agências internacionais. Para quem resistia à ditadura, tornou-se um símbolo da vontade, do livre-arbítrio - Nicolaevsky, sabiamente, assinalaria que aquele era apenas o ato de uma "criança inocente". Nunca se soube quem era aquela menina. O fotógrafo, que correu para transmitir suas fotos, tentou localizá-la depois entre as turmas de escolares que tinham sido selecionadas para a visita ao palácio. Não conseguiu (hoje sabe-se por que: ela não era aluna de nenhuma daquelas turmas). Em 2008, o Estado publicou iniciativa de fotógrafos amigos de Nicolaevsky (que estava muito doente; morreria pouco depois), que deflagraram a campanha Quem é Essa Garota?, tentando localizá-la, sem sucesso. Agora, passados 32 anos daquele momento, aquela menina resolveu aparecer. Trata-se da mineira Rachel Clemens, hoje com 36 anos, formada em Comércio Exterior e atualmente designer contratada pelo Studio Touch, de Belo Horizonte. Ela conta que nunca apareceu porque não sentia necessidade, e também porque sua família sempre foi muito discreta, nunca gostou de "aparecer". Mas, na semana passada, Rachel postou a foto famosa no Facebook, assumindo sua identidade. Foi parar em telejornais e a imprensa começou a ligar avidamente para a casa dela. Rachel diz que foi se dando conta gradativamente da grande carga simbólica do seu ato inocente, e do que aquilo passou a representar para centenas de familiares de presos políticos e pessoas que lutaram contra o arbítrio. "Lógico que tenho orgulho. Tem que ter. Recebi mensagens de adultos que eram crianças na época, que tiveram pais presos que nunca mais veriam, gente que perdeu a infância. Escutar deles que queriam ter sido eu, como não ter orgulho de uma coisa dessas?", disse ela, falando ao Estado por telefone na noite de segunda-feira. Rachel conta que, em 2008, tentou conseguir uma cópia da foto quando o Estado noticiou a campanha para localizá-la, mas achou o preço alto. Então, desistiu. A mineira contou tudo. Tinha ido a Brasília com os pais e um tio militar que integrava o Serviço Nacional de Informações (o temido SNI, a agência de investigações estatais do governo militar). Tinha entre 4 e 5 anos e o tio a chamava de "a criança mais sensata do Brasil", e ficou aturdido quando ela demonstrou que, mais que sensata, também tinha iniciativa e personalidade. "Não sei se a gente teria sido tratada da mesma forma se ele não fosse do SNI, não tenho essa certeza", considera. Mas não houve a menor fantasia de ativismo político em sua atitude. Ela foi até Figueiredo para tentar provar aos amiguinhos de escola, que duvidavam dela, que o pai iria jantar com o presidente (conversa que ouviu na mesa entre pai e mãe na noite anterior). Marrentinha, durante a parada ela desgrudou dos pais e foi até onde estava o general. Na cabeça de Rachel, era o presidente que teria a honra de almoçar com seu velho, engenheiro do antigo Departamento de Estadas de Rodagem, que morreu em 1980 e nunca teve qualquer militância. Depois de passar "por muitas pernas", chegou perto do "gigante" e puxou as calças dele, mas Figueiredo não lhe deu ouvidos. Quando a viu, seus assessores queriam fazer com que apertasse a mão dele na marra, e o que ela queria era apenas dar um recado. Recusou-se então a dar a mão, não era essa a sua "missão". No fim de semana, Rachel reproduziu o seguinte diálogo dela com Figueiredo, em seu blog: - Você sabia que meu pai vai almoçar com você hoje? - E ele come muito? - Come. - Então não vai sobrar nada para mim. - Não vai mesmo. Agora tenho que ir pro Cirandinha (nome do jardim de infância em que ela estudava). Foi e nunca mais se ouviu falar dela. Daquele momento até hoje, Rachel foi longe. Estudou nos Estados Unidos (no Oregon e na Flórida) e na Espanha, trabalhou na Embraer, estudou no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e teve uma filha, Clara, hoje com 13 anos. Demorou a assumir o seu pequeno papel na História, mas o balanço final é bom. É reconhecida nas ruas, as amigas da filha a cumprimentam, recebe cartas e novos amigos no Facebook. "Teve até um moço que escreveu dizendo que isso deveria virar roteiro de um filme." Mas também tem os malucos. "Tem gente me apontando na rua. Teve até quem me perguntou se vou querer participar do BBB. Outro, se quero uma vaga na novela. Eu nem respondo. É meio estranho, porque a minha vida sempre foi tranquila, mas eu entendo. Não sou mais uma pessoa particular, tornei-me algum tipo de personalidade pública", ela diz. "Foi por respeito ao Guinaldo, à família dele, aos amigos dele que fizeram a campanha, aos militantes da época e hoje os adultos que eram crianças na época e me enviaram mensagens carinhosas que decidi falar", contou. QUEM FOI GUINALDO NICOLAEVSKY FOTÓGRAFO O autor da foto mais emblemática da ditadura era carioca de Vila Isabel, filho de imigrantes russos. Começou a carreira aos 15 anos no jornal Imprensa Popular, do PCB. Trabalhou para o "Estado", Manchete e O Globo, entre outros. Morreu em 2008, de câncer, aos 69 anos. Como ela é hoje Rachel Clemens vive em Belo Horizonte e tem 36 anos. Adora exposições, cinemas e cafés e conta que chorou quando uma das avós da Praça de Maio a escolheu para marchar de braços dados.

Vídeo da Garotinha que não cumprimentou o presidente.

http://www.youtube.com/watch?v=btykH65G8fI

A entrevista da Globo feita pelo Vlad

A explicação na Íntegra da garotinha que não deu a mão ao presidente.

Obrigado a todos e ao comentário de Sílvio Tendler no final da matéria:








1979
Na noite anterior minha mãe e meu pai conversam na mesa de jantar sobre o almoço de meu pai com o presidente no dia seguinte.
Meu pai como chefe de divisão do DER tinha que cumprir mesmo a contra gosto muitos compromissos políticos e um deles originaria um dos micos na história da ditadura.


Manhã seguinte:
A garotinha de 4 ou 5 anos, ( dependendo da data, faço aniversário dia 09 de agosto) alheia ã situação política do país acorda e já começa a azucrinar a cabeça da mãe:
- Mãe, eu   quero falar  com o presidente.
A situação se prolonga por toda manhã até que na hora do almoço entre uniformes, cadernos e merendas a mãe perde a paciência e fala:
_ Tá bom,  Rachel vou te levar pra você ver que não vai ver o presidente coisa nenhuma. E anda rápido porque você não vai chegar atrasada na escola por conta de visita de presidente. Ô menininha, viu! 
Chegando na praça da Liberdade...
A praça estava lotada, me lembro das pernas das pessoas; eu não desistia então minha mãe me puxando pela mão para que eu não me perdesse na multidão, uma vez que não conseguiria me demover da idéia que ela mesmo estava intrigada com a minha cisma.
- A Rachel não para de insistir que quer ver o presidente (pergunto pra ela direito depois), tem como você colocá-la pra dentro.
Nesse meio tempo eu já ganhava espaço e passava por meio de muitas pernas em direção ao meu alvo.
Agora por causa da informação que obtive na entrevista do fotógrafo, provavelmente foi tão fácil furar o bloqueio por causa do grupo de crianças que estava lá do qual eu não fazia parte.
Cheguei e me vi frente a frente com o homem que fazia parte do telefone engraçado do Chico Anysio (não me lembro se foi antes ou depois do ocorrido só que  as pessoas lá de casa sempre brincavam comigo se eu não ia ligar pro presidente mas que desta vez eu falasse oi pro “homi”), puxei a calça e nada. Até que finalmente aquele gigante me deu atenção e pude finalmente cumprir meu objetivo que era atrapalhado pelas pessoa que queriam que eu estendesse a mão a ele:
Estava morrendo de medo era da minha mãe; que já devia estar uma fera por causa do horário da escola , do trabalho e que  ela devia estar preocupada com a minha escapada. Não sabia o porque mas naquele tempo se tinha medo de polícia.
_ você sabia que meu pai vai almoçar com você hoje?
_ E ele come muito?
_ Come.
_ Então não vai sobrar nada para mim.
_ Nào vai mesmo. Agora tenho que ir pro Cirandinha (nome do jardim que eu estudava).
Virei  as costas e parti do mesmo jeito que cheguei correndo e empurrando pra encontrar a minha mãe.
Nem me lembro se minha mãe me deu bronca por ter me atrasado para o Cirandinha ou por fugido dela, no íntimo estava contentíssima, pois havia dado o meu recado para o presidente. Nem sei da onde tirei esta cisma, devia achar que o almoço do meu pai seria igual o que uma refeição representava para mim. Um grupo de pessoas que se gostavam  e se importavam umas com as outras comendo juntas.
Acabei de me lembrar que o meu desejo no íntimo era que o presidente acabasse sentado na minha mesa de jantar , que eu me livrasse da sopa de legumes e pudesse provar para as coleguinhas que meu pai realmente tinha almoçado com o presidente. O dó nem imaginava a quantidade de gente que iria “almoçar”com o presidente.
Lembro-me das publicações, da minha foto, mas minha família a não ser quando vem ao caso se lembra da história.
Preenchendo uma lacuna das histórias que li na net completo:
Os filmes realmente não foram publicados e realmente desapareceram porque foram para o SNI. Meu tio, casado com a irmã do meu pai  e já em desacordo com a ditadura foi chamado as pressas para analisar o rolo de filme que chegava.
-Quem era aquela garotinha? Quem eram os pais? Ela foi mandada? Tem algum fundo revolucionário nesta história?
- Sem ver a foto já afirmou que era a criança mais sensata do Brasil.
Qual não é seu susto quando reconhece  que a  garotinha era a Quequel sua sobrinha e que meu pai era um engnheiro e não um corregilionário como publicaram que era.
Minha família é de militar, do outro lado da luta armada, mas isto não quer dizer que éramos do tipo que concordavam com a conduta sem questionar. 
1986
Não me lembro porque  na aula de história do colégio eu levei as revistas coma foto.
Foi a primeira vez que percebi que a foto era famosa e ouvi que deveria ter ganhado dinheiro com ela.
Me diziam que o fotógrafo tinha ganhado vários prêmios, que a foto sempre era incluída em salões.Mal sabia eu que  ele queria me encontrar , na minha cabeça ele era um sensacionalista, que aproveitou de um momento e criou uma situação que não existiu e ficou famoso com isto


1994
Foi a primeira vez que quis as fotos; sempre que estava em eventos perguntava fotógrafos da imprensa se sabiam como conseguir a foto ou falar com o fotógrafo. Ninguém nunca me deu atenção.

2004
Escrevi um email para a Veja  de um antigo endereço:rachelclemens@uol.com.br.
Recebi que não tinham contato  e informações de quem era o fotógrafo e me cobraram pela foto. Não quis porque achei um absurdo  pagar por uma foto minha que as pessoas haviam lucrado tanto.
2011
Olhando para trás me lembro de uma vez no rio que o vi o ex presidente com a dona Dulce e quase fui lá falar com ele que eu nem pensei em cumprimentar ou não. Eu devia ter mais ou menos uns 10 anos. Fiquei com vergonha e com medo tomar um carão e não fui.
Até hoje sou assim, se cumprimento uma pessoa que conheço (te digo que pra mim em 79 uma pessoa que aparece na TV era conhecidíssima) sem antes ter falado um monte é porque  não tenho nada a dizer a ela. 


Pergunte a minha mãe  quantas vezes ela me chamou atenção por este meu jeito de falar o que pensa sem raciocinar a conseqüência que isto trará para mim e quantas vezes atropelei as pessoas por esta minha falação que parece um comichão na língua.
Eu fui contar para o presidente sobre o almoço, pegar na mão era detalhe e ainda mais com um bando de desconhecidos querendo que eu fizesse algo que estranhos queriam que eu fizesse obrigada. Muito mais medo da minha mãe do que de desconhecidos.
Meu pai segundo minha mãe se irritou com as pessoas que queriam que ele conseguisse dinheiro por causa da foto. 
Justo ele que foi um homem extremamente correto e detestava politicagem se ver colocado numa saia justa desta por causa da teimosia da filhota. Tenho que perguntar a minha mãe mas acho que já ouvi algo do tipo ele ter ficado buzina com ela por ela ter cedido a minha ladainha do quero falar com o presidente.
Ainda não consegui avaliar se foi bom ou ruim saber de todo o a mobilização.
Posso dizer que fiquei orgulhosa por ter servido de alento para tantos brasileiros e hoje com a revolta  que tenho com a corrupção e impunidade fico contente de mesmo sem saber ter dado um minúsculo troco a alguém que oprimiu o povo.
Ainda hoje, continuo tinhosa e meio difícil de colocar as rédeas para algo que não queira fazer. Já fui degolada por manter as minhas convicções. Acho que se não tivessem insistido para dar a mão a ele. A continuidade da foto não seria um aperto de mão, provavelmente abriria os braços e lhe daria um abraço e aí talvez quem passasse o carão teria sido eu.
Graças a Paris Hilton ter tirado uma foto a la Fiona Walker eu virei notícia antiga pra muita gente e provavelmente estão perseguindo a Fiona que depois de 35 anos resolveu aparecer.
Recebi várias comentários, achei interessante  o comportamento dos fotógrafos; é inerente o hábito de provocar para conseguir resposta. A maioria deles diante do meu silêncio me atacavam me chamando de mentirosa ou em busca da fama. Mas já trabalhei com inteligência de mercado na Embraer e pelo treinamento que tive sei que esta é uma tática para fazer a pessoa falar. 
Ano passado na Argentina me juntei em uma quinta feira nas hoje chamadas abuellas de mayo e te digo que hoje meus olhos se enche de lágrimas, meu coração aperta ao lembrar do semblante daquelas mulheres.
Havia uma, a sra Morel,  que tem até a foto postada no Face que não me agüentei agarrei nos seus braços e fiquei dando a volta no obelisco respondendo presente. Te falo que foi um dos momentos que mais tive orgulho da minha existência e de como mãe permitir e ensinar a minha filha a ficar do lado de quem é oprimido.
Nem me lembrava e não tinha conhecimento que eu  de pequena havia sido símbolo da ditadura.
Fiquei impressionada com os conselhos das pessoas mais jovens e me pergunto se a luta de pessoas como a sua mãe valeu a pena. É triste ver os valores desta geração de 18 a 25 anos.
As opiniões que recebi (artista deve ter uma vida horrível porque as pessoas ficam íntimas mesmo) de pessoas que conheço ou não era de que eu deveria aproveitar os tais 15 minutos de fama, pedir dinheiro, um emprego já que estou mudando de carreira e me formando em design gráfico no final do ano e só falar pra quem me desse algo em troca.
Se eu encontrasse a família de Guinaldo, diria que sinto muito por não ter visto a campanha e que se soubesse iria conversar com ele na hora.

Muitos que me procuraram foram extremamente bacanas, me cumprimentaram e vários quiseram ficar minhas amigas na rede social. 
Me incluíram até em grupos sobre a ditadura. Por eles que servi de alento, por crianças que queriam estar no meu lugar por seus pais estarem presos e pela busca do autor da foto que acho que vale a pena dar uma resposta que sei que em suas mãos, voz  ou de quem você escolher será contada dignamente.

A Garotinha que não deu a mão ao presidente - Fim do mito.


Desculpem novamente a todos que me solicitaram uma fala. Principalmente ao Juliano Azevedo, meu professor e amigo.
Entre tantas opções, depois que decidi falar, optei dar preferência ao jornalista que conheço há mais tempo.
Que no caso é o Vladimir Netto, meu amigo de adolescência.
Como já disse antes no outro post, a explicação é tão simples que a única rebeldia é que não queria que ninguém me obrigasse a cumprimentar ninguém mas o assunto era mais uma coisa de garotinha que queria provar sua integridade para os coleguinhas sobre seu pai.
Vai ao ar hoje, no Jornal da Globo que começa as 00:20hs!

Festa Italiana - Chance de não passsar o dia 12 de junho só

Na agenda da família há 05 anos.
Um dos únicos programas que praticamente não se marcam: já sabemos que o Sérgio, tia Sue ou tia Míriam já irão separar a grande mesa da famiglia!
Benvenutta Marianinha! Seu primeiro ano e pelo visto vc adorou!
Novas aquisições: Wilma Leitão, Beth Leitão e Luísa (da Cris e do Gui), AP Simões para a turma de agregados.
Paguei a língua e que quero que a festa continue aqui na esquina de casa no ano que vem. Bruno perca a preguiça e junte-se aos bons.

Para quem está solteiro é uma boa fonte de paqueras, o que não é meu caso porque estou muito bem de namorado, com família de ambos os lados fazendo gosto e os envolvidos também.
Se trata de um ótimo local pois as pessoas estão numa vibe super boa, as famílias se encontram e geralmente  recheada de gente bonita de todos os tamanhos e idades.
Quem sabe aquele sobrinho ou sobrinha da amiga da sua avó não será seu par, ou aquele coleguinha de escola que não era seu número cresceu, mudou e você não notou?
Fora isto a turma que cresceu nos colégios que habitam a avenida do Contorno + Fundação Torino toda se reencontra; muito melhor que eleição que muita gente dá o bolo.
Na conversa ainda dá para estabelecer relações comerciais. 
Saí de lá com 02 serviços, pro bono mas muito legais:
Criação do catálogo dos produtos de uma ONG e fazer o maling list para o lançamento do novo livro da Mirinha aqui em BH. Leia-se Míriam Leitão e o livro é o Saga Brasileira.  Info depois da data marcada.
Além disto tudo regado por ótima comida e bebida e o melhor cafezinho que eu tomo no ano. Deve ter uma cápsula especial da Segafredo para esta festa, juro que não é porque é dado! O cafezinho é uma loucura.
O único senão são as filas mas que acabam servindo para colocar o papo em dia. 


Ps.: Juro pela minha filhotinha que ninguém da associação italiana me pediu para fazer o post. Ah! E nem Santo Antônio para ver se desafoga suas atribuições para ano que vem.
A festa se repete anualmente no 1º domingo após o dia 02 de junho ou no dia 02 de junho se este dia cair no domingo. A partir deste ano passou a fazer parte do calendário municipal.

Hipertexto, Hipermídia, Hiperlink

A tarefinha da aula do Ju era para elaborar um seminário sobre Hipertexto, Hipermídia, Hiperlink. As regras foram reenviadas por email:

Olás, boa tarde.

Algumas pessoas estão me enviando mensagens para saber sobre como será a aula de hoje.

Cada aluno deverá montar uma aula (ppt) respondendo as quatro perguntas apresentadas na semana passada.

Vou sortear 4 alunos para apresentar cada resposta e o restante da turma debate o conteúdo. 
Quem for sorteado, e não apresentar perde ponto (10). Quem apresentar e participar do seminário ganha 5.
Os outros, 0. 
Um seminário consiste em levar ideias, referências, expectativas para a linguagem do hipertexto no futuro. 
Vão além. Construam ideias novas, inventem o que é novidade, levem dados...

Até mais tarde.
Juliano 

Eu não fui escolhida e nem tinha como porque estava pirulitando na Mostra de Design que foi o máximo.


Sugiro  pesquisarem tal qual o Ju mandou.
A canjinha fica por conta da ajuda aos internautas do nosso show do milhão Wikepedia e outras fontes:
Resolvi mudar a ordem para quem for leigo entender melhor.

Hiperlinks, ou simplesmente links, são a alma de uma página da internet. São eles que permitem o acesso fácil entre as diversas páginas (navegação) e mesmo a movimentação rápida dentro de um texto longo. Podemos dizer que a Word Wide Web (WWW), a parte mais conhecida da internet, não existiria sem eles. (Este veio da neomaxima).
Ou seja são aquelas palavrinhas ou frases coloridas e/ou sublinhadas do que estamos lendo na internet e que nos direciona, leva para outra página que fala sobre o assunto em destaque (colorido e/ou sublinhado).

Hipermídia, de acordo com Vicente Gosciola, hipermídia é “o conjunto de meios que permite acesso simultâneo a textos, imagens e sons de modo interativo e não linear, possibilitando fazer links entre elementos de mídia, controlar a própria navegação e, até, extrair textos, imagens e sons cuja seqüência constituirá uma versão pessoal desenvolvida pelo usuário”.

Sabem aquelas campanhas ou mensagens na internet que te falam para enviar uma mensagem do seu celular para prosseguir com o que quer que for que você esteja fazendo a partir de uma mensagem que vc irá receber de volta? Ops, isto também rima com hipertexto...viu gente?!

Se lembram de algum tipo de scolha que você fez que te levava a um resultado surpeendente ou pessoal?
Isto tudo é hipermedia. Acho até que o programa Você decide, já era uma introdução à hipermidia das antigas.

Se dê tudo ainda não deu pra entender vai aí um link básico:
http://br.youtube.com/watch?v=zqaPFAZS1K8&feature=related
http://uk.smart.com/

Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links.

Qualquer site animado serve de exemplo: Pop ups, músicas, tudo que te levar para outro lugar por meio dos links!!! O site do Chico, o Buarque tem um tanto desta hipertextualidade (http://www.chicobuarque.com.br/)




Vai Ganso - Marketing Viral



#vaiganso: internautas concorrerão a 10 camisas da seleção brasileira autografas por Ganso

A Gatorade criou um video em homenagem ao craque Paulo Henrique Ganso que voltou aos campos depois de uma lesão no joelho esquerdo que o afastou por sete meses. O filme não foi veiculado na TV mas somente nas redes sociais e Youtube. Assista ao video no final desta postagem de hoje depois de ler as outras duas matérias.
A veiculação envolve ainda promoção com sorteio de dez camisas da seleção autografadas pelo jogador. 
Que eu sou fã, puxa saco dos meninos da Vila Belmiro é fato notório que eu jamais irei negar. Meu perfil do Face na época do infeliz Dunga foi palco diversos^: Chama o Ganso, Dunga! Cadê o Neymar e o Ganso? amo a duplinha de paixão.

Logo, tive muita sorte quando o Ju deu a tarefinha de marketing viral: Levar um vídeo e analisá-lo. foi bem na semana que a Gatorade lançou o vídeo Avolta de PH Ganso.

Para quem não sabe, segundo a Wikipedia:

"Marketing viral ou publicidade viral referem-se a técnicas de marketing que tentam explorar redes sociais pré-existentes para produzir aumentos exponenciais em conhecimento de marca, com processos similares à extensão de uma epidemia"

Estatística:

Gostam deste víde: 1.321
Não Gostam: 919

Data Link Exibições
A
29/03/11Primeira indicação de vídeo relacionado - A Volta de PH Ganso 10.383
B
29/03/11Primeira visualização do anúncio 2.992
C
29/03/11Primeira indicação de vídeo relacionado - Onde você quer chegar? 757
D
28/03/11Primeira visualização do anúncio 2.306.462
E
28/03/11Incorporado pela primeira vez em - static.ak.facebook.com 3.519
F
28/03/11Incorporado pela primeira vez em - www.orkut.com.br 2.722
G
28/03/11Primeira indicação do YouTube - Página inicial 1.368
H
25/03/11Primeira exibição em um aparelho celular 8.629


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