O filme trata da história de mais um nerd que busca ser reconhecido, aceito pelos populares e sonha em conseguir garotas. Neste meio tempo é dispensado pela namorada, envia online uma enxurrada de ofensas dignas de uma pessoa recalcada, resolve descontar no mundo sua frustação com sua imagem, hackeia fotos, posta no web e a partir daí sua idéia é um sucesso, é chamado pelos populares para trabalhar em projeto que gero outra idéia, cria um site de sucesso o que resulta em transformações de caráter ou seja o homem que chegou ao topo da árvore sem se importar o que deveria fazer com as pessoas para atingir suas metas.
Agora vamos aos fatos, a cada sim retire uma pedra que você poderia jogar nos personagens do filme:
Quem nunca quis ser reconhecido como cool?
Quem nunca tomou uma atitude visando à autopromoção?
Quantas pessoas você conhece que se colocaram no olho furacão sem ter vivenciado a situação? – Pasmem, nesta semana na faculdade aconteceu um incidente lamentável com um dos estudantes e o assunto se prolongou de uma tal forma que as classes foram perturbadas por pseudo co autores e curiosos. Houve casos de pessoas que nem da turma eram dizendo que também vivenciaram o fato. Se isto o correu em uma quase tragédia imaginem com um sucesso de 25 bilhões de dólares.
Quem nunca repaginou uma idéia? Sayonara, Japão!
Quem nunca passou por algum término de amizade, traição e desilusão sentimental?
Quem nunca teve que tomar uma decisão dura para seguir com as metas traçadas?
Na verdade por ter convivido durante um bom tempo com os denominados nerds consigo entender bem a mente de Zuckerberg. Estudei por um tempo no ITA e peguei alguns trejeitos e atitudes que foram representados no filme.
Muitas vezes já deixei pessoas falando sozinhas, não prestei atenção no que me falavam, respondi enrolado, sem sentido, troquei letras, falei sozinha para não perder o foco, ou não esquecer o insight que tive. E isto, neste mundo geek é normal, a gente entende e não pega mal. Só que minha mãe, a sua, seus amigos os meus, namorado não irão levar na boa e provavelmente te colocarão o rótulo de grossa, trator e até mesmo interesseira porque obviamente você só irá dar atenção se for colaborar com o seu projeto.
Adorei a hora que Zuckerberg fala com a paralegal que os irmãos Winklevoss não estavam processando por roubo de propriedade intelectual e sim por algo não ter saído como eles esperavam. E é verdade, quando que um poderoso gosta de ser toureado e vencido dor um comum? Jamais, não é? Tanto que agora o trio que quer alguma mídia para algum projeto, está processando o Facebook pelo valor do acordo de 65 milhões de dólares. Fala sério, Zuckerberger pode ter realmente roubado a idéia - o que nunca iremos saber – mas quando que um dos três sem alguém fenomenal conseguiria programar e colocar no ar um Face, na mesma rapidez, naquela época?
Sean Parker realmente deu a sua contribuição, mas o vejo como alguém que pisou na bola no seu negócio e resolveu pegar carona financeira em um projeto que um geek ingênuo poderia faturar muito dinheiro e fama. O que ele não contava era que mesmo conseguindo jogar Saverin para escanteio seria picado pela mesma injeção que abateu Saverin. O que move Zuckerberger é ser o melhor. O criador do Facebook não quer ter sua imagem arranhada e com isto prejudicar o seu negócio; no momento que Parker ameaçou o progresso ele foi cortado, ou seja pertubou? Deleta, bloqueia, exclui!
O que muitos não entendem é que para Zuckerberg o dinheiro serve para financiar seu propósito mesmo necessitando e gostando de tê-lo como todo mundo; o que move e o que importa é conquistar o mercado, é se manter no topo. O retorno financeiro é secundário o importante é superar a cada dia a si próprio; é o desafio com sua mente. é vencer o impossível na tecnologia. Assim são os geeks genuínos e eu os compreendo por eu mesma ter deixado uma carreira em ascensão no mundo tecnológico para descobrir que o que eu gosto é criar coisas belas, bacanas e únicas. Ainda não consegui, neste novo mundo estou engatinhando nos conceitos e nas ferramentas. Se não há desafio, não tem graça.
Também compreendo Eduardo Saverin e acredito que Zuckerberg também o compreenda. A expressão de Zuckerberg na cena do telefonema com Parker quando este é preso demonstra: Meu, a ficha caiu. Eduardo estava certo. Mas para alguém orientado para resultados, foi um equívoco que não poderá ocorrer novamente. Jamais seria seguido por uma cena melodramática de um amigo indo na chuva, enfrentando o trânsito engarrafado ou salvando o amigo de pular da ponte de um clássico hollywoodiano para pedir perdão.
Já Eduardo, imagine ser descartado assim? Ficaria tão ofendida quanto ele. No meu ver está correto em pedir a retratação tanto moral quanto financeira.
Sorkin – roteirista do filme -, não apresenta bons ou maus certos ou errados. Somente de uma forma leve, porém dramática demonstra o efeito das redes sociais na vida real em algumas cenas, tais como, aquela em que a namorada de Saverin aparece transtornada perguntando porque o status dele ainda estava solteiro no site culminando em um incêndio e no término do relacionamento.
Acredito piamente quando dizem que a vida real é bem mais tediosa do que a transportada para o filme; imagine dar a dimensão real do tempo gasto em programações e algoritmos para a platéia? Diminuiria até o glamour da genialidade de Zuckerberger; afinal os estúdios cinematográficos sempre dão um toque de charme a realidade oque é lógico, pois não se trata de um documentário e sim de um filme.
Aproveitem a neutralidade de Sorkin, assistam , pesquisem e julguem vocês mesmos.
Assista a entrevista de Mark: http://www.youtube.com/watch?v=vfTaAqmfS6A
Assista a entrevista de Mark: http://www.youtube.com/watch?v=vfTaAqmfS6A
Adorei rachel, você escreve muito bem! ^^ e tem "lá" seu humor !!!